Notícias
Pastor evangélico dos EUA admite compra de droga, mas nega sexo
O pastor norte-americano Ted Haggard admitiu na sexta-feira que comprou a droga metanfetamina e contratou um garoto de programa para lhe fazer massagem, mas negou ter feito sexo com o rapaz ou usado o estimulante.
Haggard, inimigo declarado do casamento homossexual, renunciou na quinta-feira à presidência da Associação Nacional dos Evangélicos dos EUA, depois que um garoto de programa disse ter mantido relações sexuais e usando metanfetamina com Haggard.
"De fato liguei para ele. Liguei para comprar metanfetamina. Mas joguei fora. Comprei para mim, mas nunca usei", disse Haggard, em entrevista a uma TV, enquanto entrava no carro, aparentemente bastante tenso com a situação.
Ele negou ter feito sexo com seu acusador. Afirmou que levou o rapaz a um hotel de Denver "para uma massagem". Disse que ficou em vários hotéis da cidade porque ia até lá escrever.
Evangélicos disseram estar rezando por Haggard, mas abalados pela situação. A Associação Nacional dos Evangélicos compreende 60 denominações cristãs, com 45 mil igrejas em todo o país.
Haggard também se afastou das funções de pastor na Igreja Nova Vida, em Colorado Springs. Ele disse ter abdicado às suas funções públicas porque "ambos os cargos se baseiam na confiança, e neste momento minha confiabilidade é questionável".
Haggard, dono de feições marcantes e um sorriso amplo, era uma espécie de símbolo para o movimento evangélico e as causas conservadoras. Segundo a revista Harper's, ele costumava dar conselhos à Casa Branca.
Um porta-voz do governo disse que Haggard esteve em um par de eventos evangélicos na Casa Branca, mas não era "um participante semanal".
O conservadorismo cristão é uma das principais bases eleitorais do governo de George W. Bush. Líderes evangélicos vêm pedindo a seus fiéis que votem na eleição parlamentar de terça-feira, o que ajudaria os republicanos a reverterem a vantagem democrata nas pesquisas.
Em oito Estados, inclusive no Colorado, os pastores também aconselham a apoiar a proibição de uniões homossexuais.
Alguns evangélicos disseram desconfiar de denúncias surgidas tão às vésperas da eleição. "Estamos rezando para que toda a verdade apareça, seja como for. Mesmo que Mike Jones [o acusador] esteja dizendo a verdade, parece estranho que isso apareça a cinco dias de uma eleição", disse Chris Uhles, pregador evangélico de Colorado Springs, um forte centro da atividade evangélica.
Alguns analistas prevêem pouco impacto do escândalo nas eleições. "As pessoas já formaram suas opiniões entre democratas e republicanos, e isso é especialmente verdade com os republicanos. É tarde demais para impacto na urna", disse Scott Keeter, do PEW Research Center.
O episódio lembra os escândalos financeiros e sexuais que derrubaram o prestígio de dois dos mais influentes tele-evangelistas dos EUA na década de 1980, Jim Bakker e Jimmy Swaggart.
Fonte: Reuters
Casa Branca desmente vínculo com pastor envolvido em escândalo
A Casa Branca desmentiu hoje que o pastor evangélico Ted Haggard, envolvido em um escândalo sexual, tivesse encontros semanais com membros do Governo, como informou a imprensa americana.
"(Haggard) participou de algumas conferências telefônicas com líderes evangélicos, mas não estava presente semanalmente nestas ligações. Acho que esteve na Casa Branca uma ou duas vezes", explicou hoje o porta-voz do Governo, Tony Fratto, aos jornalistas que estavam no avião presidencial, o "Air Force One".
O pastor, presidente da Associação Nacional de Evangélicos dos EUA - entidade que tem cerca de 30 milhões de membros - foi acusado por um garoto de programa de ter pago por sexo e drogas. Este escândalo fez com que o líder religioso renunciasse a seu cargo.
O porta-voz não conseguiu confirmar quantas vezes que o pastor visitou a Casa Branca nem a data, embora tenha afirmado que "obviamente" Haggard se reuniu em uma oportunidade com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, já que existe uma foto dos dois juntos que foi amplamente divulgada pelas emissoras de TV.
Fratto pediu que os jornalistas considerem o assunto um "problema pessoal", que tem que ser resolvido por Haggard com sua família e sua igreja.
Além disso, o porta-voz disse acreditar que o escândalo não prejudicará a ida de eleitores evangélicos às urnas nas eleições da próxima terça.
Fonte: Agência EFE/Último Segundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário