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A fé pela voz
Igreja Batista prepara Cantatas
Já virou tradição nos finais de ano na cidade, realizada pela Primeira Igreja Batista da cidade de Itatiaia, a Cantata de Natal, que atrai a comunidade, evangélica ou não. Os ensaios para as apresentações deste ano já começaram e desta vez, além do grupo de coral adulto, crianças e adolescente vão expor sua voz e talento para o público.
Realizada há mais de 15 anos, a cantata há 11 faz apresentações fora da Igreja, como em escolas, teatro, shopping e até em rua. Com 45 pessoas no coral, todos membros da igreja, para dezembro o repertório que está sendo preparado tem estilo variado, de canções evangélicas internacionais, inéditas em português.
“As músicas vão ser bem alegres, mas duas serão tradicionais de Natal. As canções fazem parte do projeto Canta Natal, do Rio de Janeiro, em que vários coros se unem para apresentar o mesmo musical, o que facilita até a participação em outras cidades”, conta a ministra de Adoração e Arte, Kátia Regina Pereira Rosa de Oliveira, que está há oito anos com o grupo. Por causa desse repertório igual, um grupo de Resende vai participar em Itatiaia. “Ainda estamos fechando a participação de um coral do Rio”, comenta Kátia.
Os ensaios começaram em setembro e ao todo serão apresentadas 11 músicas. “Gravamos um kit de CD para ensaiarem em casa, porque cantamos no dia sem ler, temos que memorizar as letras”, revela Kátia. Os participantes, de 21 a 67 anos, são majoritariamente de membros do coral, mas uma pequena parcela é de fiéis. “Não é um coro profissional, somos amadores, são voluntários, num propósito de atender a Deus”, diz a ministra que treina com os cantores duas vezes por semana.
“É muito legal participar, fico nervoso no dia da apresentação, ensaio muito para o dia da cantata”, diz Jorge Rosa Nascimento, 67 anos, 20 de coro.
O evento não é só de música, mas também de dança e encenação. Até o ano passado era apresentado no Teatro Oswaldo Motta, mas o espaço ficou pequeno. No dia 2 de dezembro uma miniapresentação vai ser feita no Resende Shopping, e dia 23 do mesmo mês, no Colégio Ana Elisa. Ao todo são quase 100 pessoas envolvidas na cantata.
Este ano, volta a se apresentar no Natal o Coro em Canto, formado por crianças e adolescentes. “Já havíamos feito, anos atrás, mas demos uma parada, ficamos mais com o musical que sempre realizamos em outubro, que é o mês da criança, mas este ano retornamos”, conta a líder do departamento infanto-juvenil da Igreja, Sônia Ramos de Almeida.
A cantata denominada Natal Brasileiro retrata a história do nascimento de Jesus como se tivesse acontecido no Brasil. “Eles vão viajando na emoção, na imaginação pelo país, como seria se a história fosse aqui”, adianta Sônia Ramos. Com repertório que inclui samba, forró e outros ritmos bem brasileiros, 65 crianças se preparam desde do inicio do mês para a apresentação.
O grupo, que conta com crianças e adolescentes de comunidades do Centro, da Vila Esperança e Vila Magnólia, vai contar a história bíblica como se ela houvesse acontecido no Brasil. “Em paralelo à cantata, o coral Amigos de Deus, da Vila Magnólia, vai se apresentar na Vila Flórida”, comenta a líder.
Para a cantata Natal, os cantores mirins, de quatro a 13 anos, vestiram roupas características de cada região brasileira. Este ano, não serão apresentadas músicas tradicionais, um samba dá nome ao evento. Dia 10 de dezembro vão se apresentar no Colégio Ana Elisa Gregori, mas ainda há um convite para outra apresentação.
“ Há um convite de uma escola de Resende para participarmos de um Auto de Natal, no dia 16 de dezembro”, conta Sônia que junto à dirigente do coral infantil, Ercimar Souza Silva, treina o grupo. “A cantata deste ano convida o Brasil a comemorar porque Jesus pode nascer aqui também”, finaliza a líder Sônia.
Fonte: A Voz da Cidade (Barra Mansa, RJ)
Igreja inclusiva Acalanto muda de sede e ganha força em Brasília
Surgida em maio de 2002, a Acalanto é uma igreja inclusiva de denominação evangélica liderada pelo pastor Victor Orellana, de 35 anos. O principal objetivo da Acalanto é abrir portas para gays e lésbicas professarem sua fé.
Para Orellana, as comunidades evangélicas e religiosas eram muito agressivas em relação aos gays no início da década de 90. “Muitos [gays] sofriam dentro dessas igrejas fundamentalistas”, diz o pastor, que acredita que a parada ajudou no processo de visibilidade da comunidade GLBT.
“Toda essa visibilidade (...) obrigou as comunidades evangélicas fundamentalistas brasileiras a terem uma postura mais suavizada em relação aos gays. Sei que hoje não existe tanta agressividade ao gay como no passado, por isso somos a favor de que os gays saiam dos guetos e confinamentos e assumam seu papel na humanidade”, defende Orellana.
Atualmente, a Acalanto tem um espaço para cultos na Zona Norte de São Paulo e outro em Brasília. Até há pouco tempo, os cultos na capital paulista aconteciam no bairro de Santa Cecília, no Centro, mas, devido a dificuldades financeiras, a igreja teve que mudar de endereço. “A mudança da sede ocorreu por dificuldades que todas as instituições têm, dificuldades de se auto-gerir que entidades filantrópicas como a Acalanto também enfrentam”, explica o pastor.
Em Brasília, os cultos acontecem desde dezembro do ano passado. Segundo Orellana, “todos participam de alguma forma, ninguém fica de fora nesse desejo de se criar um mundo melhor para todas as pessoas.” Ainda mais fortalecida, o pastor continua defendendo que o principal objetivo da Acalanto é contribuir para a “inserção social plena das minorias sexuais”.
Recentemente, a igreja ganhou processo contra o apresentador Ratinho, do SBT, que veiculou imagens não autorizadas de um culto em maio de 2003. O Juiz Guilherme Santini Teodoro, da 4ª Vara Cívil de São Paulo, deu sentença favorável ao pastor e condenou Ratinho e a emissora a pagarem uma indenização no valor de R$ 150 mil.
Acalanto – São Paulo
Av. Leôncio de Magalhães, 1416 (metrô Jd. São Paulo, Zona Norte). Todo domingo, culto às 19 horas. Informações: (11) 9295-5336 ou outrasovelhas@hotmail.com.
Acalanto – Distrito Federal
SDS CONIC - Edifício Venâncio II, 5º andar, sala 513, Brasília. Todo sábado, culto às 19 horas. Informações: (61) 9291-1697 ou df@familiacalanto.com.br. Site: www.familiacalanto.com.br.
Fonte: Mix Brasil (São Paulo, SP)
Teatro por Deus
Espetáculo encenado por atrizes voluntárias evangeliza e encanta as crianças
Nove horas da manhã de uma sexta-feira ensolarada em Piracicaba. Num dos salões do Nosso Lar, instituição tradicional localizada à rua Ipiranga e mantida pela União Espírita, um pequeno tablado posicionado ao centro do ambiente indicava que, em poucos minutos, haveria uma apresentação especial por ali. Enquanto aguardava a surpresa, um grupo formado por cerca de 50 crianças, meninos e meninas de cinco a sete anos de idade, não escondia a ansiedade. Os olhinhos brilhantes, sorrisos francos e a expressão dos corpos, pra lá de agitados, davam o tom da expectativa desses menores, ávidos pelo início do espetáculo.
De repente, irrompem no salão três atrizes trajando roupas de palhaço e de bonecas. Com os rostos recobertos por uma maquiagem colorida, cabelos presos a fitas multicores, vestidos com laços e sapatos com meias de nuances vibrantes, as voluntárias piracicabanas Vanessa Kato, 24, professora, que interpreta a 'palhacinha panqueca'; a fonoaudióloga Elis Cassemiro, 33, que protagoniza a 'boneca Mariazinha'; e a pedagoga Ana Paula Berno, 34, 'a Chiquinha vaidosa'; conseguem o que parecia impossível. Em questão de segundos, a movimentação quase hiperativa dá lugar a um silêncio absoluto.
Amigas há 10 anos, as evangélicas Vanessa, Elis e Ana Paula formam a Turma da Alegria, grupo criado há seis meses, que tem por objetivo levar a palavra de Deus a crianças, e também adultos, utilizando o teatro como pano de fundo. Ao público de formação católica, espírita, presbiteriana, metodista, entre outros credos, Ana Paula, a líder da Turma, faz questão de explicar que as apresentações não levantam a bandeira do conceito evangélico.
"Nosso papel é evangelizar, transmitir a mensagem religiosa sem, contudo, defender essa ou aquela igreja de forma única. A atuação é ecumênica, ou seja, voltada a todas as pessoas sem distinção de crença", explica. Nos figurinos, as atrizes exibem a inscrição 'Deus é Fiel'. A mensagem da religiosidade é tão positiva que vem ganhando adeptos.
Originalmente formatada para apresentações exclusivas aos pequenos, em pouco tempo a Turma da Alegria passou a ser convidada para encenar espetáculos também aos mais velhos. Deu tão certo que as atrizes já pensam em expandir o projeto de evangelização para a região.
A peça "Humildade Vence a Vaidade", que funciona como o carro-chefe da trupe, tem um título que instiga o público a refletir sobre a importância da generosidade e a pensar como a arrogância é destrutiva. "Trabalhamos com o propósito de difundir os bons valores, às vezes, esquecidos", afirma Ana Paula.
No palco, as atrizes, que se apresentam durante 25 minutos, contam a história de duas bonecas com personalidades muito diferentes. "Uma é convencida, costuma humilhar as pessoas que estão ao redor", salienta. "A outra, bem mais dócil, ensina que o que realmente importa não é a aparência física, mas o que há dentro de nós", frisa.
Curiosamente, a boneca vaidosa, que se vangloria por ter mais brinquedos e de possuir uma bela casa, não se sente feliz. A mais amável, que leva a mensagem de Deus, entretanto, é plena em sentimentos. Na trama, a 'palhacinha panqueca' vivida por Vanessa Kato, atua como a personagem que elucida as boas virtudes. Além do teatro, as apresentações são permeadas por música. Em meio à eterna luta do bem contra o mal, Ana Paula Berno ressalta, com muito bom-humor, que a boneca não se parece em nada com ela. "Não sou egoísta como a Chiquinha", destaca.
Com os olhos bem abertos à performance da Turma da Alegria, os pequenos Lucas e João, ambos com seis anos, vibravam a cada movimento das atrizes. "Elas são do bem", bradou João, com um timbre de voz agudo e muito sorridente. Para a estudante de Pedagogia e estagiária do Nosso Lar, Priscila Parizi, a apresentação é fundamental para moldar o perfil dos futuros adultos. "É uma forma rica de aprendizado", observa.
Fonte: Gazeta de Piracicaba (Piracicaba, SP)
Evangélica lança CD gospel com o apoio do Funcred
Com o apoio do Fundo de Microcrédito do Governo do Estado (Funcred), em parceria com a Igreja Evangélica Assembléia de Deus, situada no Clima Bom I, bairro do Tabuleiro do Martins, a portadora de deficiência física, Ana Cláudia da Silva Tirbutino, 24 anos, está realizando um sonho acalentado desde a infância: gravar um CD com músicas de estilo gospel. O lançamento do CD, composto de 10 músicas, todas de compositores evangélicos alagoanos, será neste sábado, às 19h, na sede da igreja, que fica na Rua Coronel Valfrido Rocha, 641, Clima Bom I, em Maceió.
Ana Cláudia é a caçula dos nove filhos adotados pela dona de casa Joaquina Amara da Silva Tirbutino, viúva, que sobrevive com a pensão deixada pelo marido, no valor de um salário mínimo. Até os seis anos de idade, Ana Cláudia era uma criança normal, até que foi acometida de miopatia nos músculos, uma doença genética que a deixou paraplégica aos 12 anos. Mas, nem as dificuldades financeiras nem a deficiência física foram empecilhos para que ela lutasse pelo que desejava.
O gosto pela música vem desde criança. “Acho que desde os oito anos que eu gosto de cantar”, confessa Ana Cláudia, acrescentando que foi na Igreja Evangélica que encontrou oportunidade para desenvolver o canto. Hoje ela é atração nos eventos realizados pelos evangélicos em Maceió e no interior do Estado. “Sem o apoio do Funcred e da igreja não seria possível a produção do CD, que vai ajudar no sustento da minha família”, ressaltou.
A força de vontade de Ana Cláudia é motivo de admiração por todos que a conhecem, como o pastor Edijone Sabino. “Esse CD representa uma vitória muito importante para a Ana e também para a Assembléia de Deus, que é testemunha do quanto ela batalhou por essa conquista”, destacou. Atualmente, Ana Cláudia está cursando o 3º ano do segundo grau, e se prepara para fazer o vestibular de Biologia.
Para a secretária gestora do Funcred, Genilda Leão, Ana Cláudia é um exemplo, pela sua perseverança, para todas as pessoas pobres que lutam para conquistar um espaço na sociedade. “Ficamos sensibilizados quando ela e a mãe nos procuraram solicitando o apoio do governo do Estado para viabilizar a gravação do CD. Ela corresponde ao público alvo do Funcred, por isso foi possível garantir o apoio”, finalizou Genilda. (Ascom Funcred)
Fonte: Gazetaweb.com (Maceió, AL)
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